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Internações por Covid-19 em SP voltam a crescer após 10 semanas de redução; média móvel de mortes está em queda

 Crescimento registrado foi de 3% nas internações novas por dia no estado de SP. Média móvel diária de mortes está em 156 nesta segunda (5), o que representa queda de 16% em relação ao valor de 14 dias atrás. Total de casos confirmados da doença em SP ultrapassou a marca de 1 milhão no sábado (3).





O número de novas internações por Covid-19 voltou a crescer no estado de São Paulo após o governo anunciar, na última segunda-feira (28), que o estado havia completado 10 semanas consecutivas com queda no indicador. Na semana entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro ocorreu um crescimento de 3,3% nas internações.

Entre os dias 20 e 26 de setembro, ocorreram 7.876 internações de pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus em todo o estado de São Paulo. Já na última semana, entre 27 de setembro e 3 de outubro, foram 8.136 novas internações, o que representa um aumento de 3,3%. A média móvel de novas internações passou de 1.125 internações por dia em 26 de setembro para 1.162 no último sábado (3).

Nesta segunda-feira (5) o estado registrou ainda 42 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, chegando ao total de 36.220 óbitos desde o início da pandemia. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, também foram registrados 677 novos casos confirmados, elevando o total para 1.004.579 desde o início da pandemia. No sábado (3), o estado bateu a marca de 1 milhão de casos confirmados da doença, depois de mais de sete meses de pandemia no estado.

As novas confirmações em 24 horas não significam que as mortes e casos aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas no sistema neste período. Os valores costumam ser menores aos finais de semana e segundas-feiras, devido ao atraso nas notificações.

média móvel de mortes, que leva em consideração os registros dos últimos 7 dias e minimiza as diferenças das notificações, é de 156 óbitos por dia nesta segundaA variação foi de -16% em relação ao valor registrado há 14 dias, o que para os especialistas indica queda. Como o cálculo da média móvel considera um período maior, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.

Aumento nas internações

O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, comentou o aumento nas internações por Covid-19 na coletiva desta segunda (5).

"Tivemos um discreto incremento hoje do número de internações em 3%. Isso ainda não traz realmente as claras o que pode ter acontecido. Vamos aguardar nos próximos dias ver se isso passa a ter impactos maiores tanto nas internações nos próximos dias e de outros índices", disse Gorinchteyn.

O titular da pasta avalia que trata-se de um dado isolado, mas que será avaliado com atenção nos próximos dias.

"Lembrando que este é um dado isolado e já vinha apresentando um decréscimo progressivo por várias semanas, mostrando a estabilidade, o controle da pandemia no nosso meio. Mas os próximos dias, ainda nessa semana epidemiológica, serão avaliados, inclusive pra que a gente possa ter uma compreensão muito mais ampla", completou.


 

Tendência de queda na média móvel

A tendência de queda nas mortes ocorre desde a última segunda (28), quando o estado saiu de um período de estabilidade na média móvel e após um aumento nos registros que sucedeu o feriado prolongado de 7 de setembro.

O governo estadual comemorou a diminuição nos registros, mas afirmou que ainda não é possível relaxar nos cuidados, já que a doença ainda não foi controlada.

"Esses números apresentados são muito promissores, estão dentro das previsões do centro de contingência, mas a gente precisa alertar que ainda estamos com uma média móvel de mais de 160 mortes diárias no estado de São Paulo. Então não podemos relaxar de maneira alguma", afirmou o diretor executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo.

Gabbardo também destacou que não é possível falar de uma segunda onda de casos e mortes em São Paulo, pois o estado ainda não saiu da primeira.

"Eu não falaria em segunda onda no Brasil e em São Paulo, porque nós não saímos da primeira ainda. Nós ficamos um bom tempo no platô e agora estamos começando a descer, então não se fala ainda em segunda onda em São Paulo. Claro que isso é uma preocupação, mas os indicadores que nós temos não apontam para isso [novo aumento]. Os indicadores mostram uma redução importante no número de internações, na ocupação de leitos de UTI, mostra a redução de casos confirmados e redução dos óbitos."

A média móvel de casos confirmados por dia é de 4.491 nesta segunda (5). O número de casos confirmados inclui resultados positivos em exames laboratoriais para Covid-19, tanto do tipo rápido, que verifica apenas a presença de anticorpos e aponta para infecção passada, quanto o que analisa a presença do vírus no organismo no momento do teste - o chamado exame RT-PCR.

Internados e UTIs

O número de pacientes internados com suspeita ou confirmação de Covid-19 no estado nesta segunda (5) é de 8.177, sendo 4.605 em enfermaria e 3572 em unidades de terapia intensiva (UTI). No domingo (4), eram 8.580, sendo 4.906 em enfermaria e 3.674 em UTI.

A taxa de ocupação dos leitos das UTIs se manteve estável em 43,3% no estado e 41,9% na Grande São Paulo. No domingo, os índices eram de 43,5% no estado e 42,2% na Grande São Paulo.

Todos os 645 municípios do estado já registraram ao menos um caso confirmado da doença e 575 cidades têm um ou mais óbitos provocados pela Covid-19.

Veja os novos registros no estado de SP nas últimas 24 horas:

  • 42 novas mortes
  • 677 novos casos

Veja o total no estado de SP desde o início da pandemia:

  • 36.220 mortes
  • 1.004.579 casos confirmados

Evolução da epidemia

Desde o fim de agosto, os registros diários de novas mortes vinham sendo menores, mas a variação da média móvel de mortes ainda estava dentro do que os especialistas consideravam estabilidade, pois aumentava ou diminuía dentro da faixa de até 15%. Na sequência, houve um período de queda de fato.

No entanto, no dia 21 de setembro, o estado apresentou alta de 27% na média de mortes na comparação com o valor de 14 dias antes.

O aumento se deu, pois durante o feriado do dia 7 de setembro a média móvel de mortes chegou a 151, menor valor registrado em 100 dias. Nos feriados e finais de semana costuma ocorrer subnotificação dos casos e mortes, pois as equipes dos laboratórios trabalham em regime de plantão.

Após o feriado prolongado, o estado voltou a ter maiores registros na média diária de mortes e a tendência voltou à estabilidade.

O estado de São Paulo já chegou a permanecer por mais de três meses ininterruptos com a média diária de mortes acima de 200 por dia, o chamado platô no ponto mais alto da curva epidemiológica.

Desde o dia 17 de setembro, no entanto, a média diária de mortes tem se mantido abaixo de 200.


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